Ao fazer o balanço do primeiro ano de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff demonstrou que é muito mais preocupada com a economia do que com a política. Ela começou o encontro falando de sua expectativa otimista para a economia no ano que vem – de crescimento entre 4,5% e 5%, acima das previsões de economistas e do mercado financeiro, mas fez questão de ressaltar que seu otimismo está sustentado nas medidas adotadas pelo governo para enfrentar a dificuldade no cenário internacional.
Segundo ela, a inflação também deve ceder e ficar dentro da meta “em curva descendente” e lembrou que o Brasil “tem margem de manobra” na política monetária, o que não é o caso de muitos países da Europa. Mas realçou:
– Isso também porque nós nos antecipamos ao que vinha no cenário externo. A área econômica fez uma avaliação e viu que a crise era forte. Pouco antes da metade do ano, acendemos o sinal vermelho e percebemos que a crise seria de longo prazo com picos críticos – afirmou.
Quando o assunto era a política, a presidente fez questão de falar num tema que tem lhe dado aumento de popularidade, como revelou pesquisa divulgada hoje pela CNI/Ibope:
– O governo não tem compromisso com mal-feitos; é tolerância zero – disse ela que deu indicações de que pretende ser mais criteriosa na indicação de ministros por indicação partidária. Ela afirmou que cada vez mais os critérios de governança internos devem prevalecer e não os partidários.
– A indicação é feita pelos partidos, mas a partir da nomeação, o ocupante do cargo deve satisfações somente ao governo. Uma coisa é a governabilidade; uma fez nomeado, ele presta contas ao governo e a mais ninguém – disse.
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