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domingo, 29 de janeiro de 2012

Saúde: Hanseníase no Ceará supera média nacional


 
O número de novos casos de hanseníase registrados no Brasil em 2011 sofreu uma redução de 15% em relação a 2010. Segundo estudo divulgado ontem pelo Ministério da Saúde, o País teve 30.298 ocorrências da doença no ano passado.
O coeficiente de detecção geral de hanseníase no Brasil é de 15,88 casos por cada 100 mil habitantes. Em 17 estados, entre eles o Ceará, a taxa é pior que a média nacional. O Estado apresenta o coeficiente de 21,65 casos por 100 mil pessoas.
A pior média no Brasil fica no Mato Grosso, com 77,89 casos por 100 mil habitantes. Já a melhor situação é no Rio Grande do Sul, com 1,14 registros.
Considerando apenas a população menor de 15 anos, o Brasil teve 2.192 casos em 2011, conforme o Ministério da Saúde, com taxa de 4,77 casos por 100 mil habitantes.
Entre as crianças e os adolescentes, o Ceará mais uma vez ficou pior do que a média nacional: 4,94 casos por 100 mil pessoas. Outros 12 estados também estão nessa situação, com a situação mais grave em Tocantins, com média de 20,86 casos.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país que mais registra novos casos por ano no mundo, atrás apenas da Índia, que tem cerca de 150 mil novas ocorrências anualmente.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, acredita que o Brasil pode alcançar a meta de menos de um caso para cada 10 mil habitantes em 2015 – hoje essa prevalência é de 1,24 ocorrências.
O objetivo seguinte é chegar a esse patamar em todos os Estados brasileiros. Se confirmada a previsão de Barbosa, o Brasil chegaria à meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com 15 anos de atraso.
Segundo Barbosa, o Brasil foi conservador no combate à doença no fim dos anos 80 e início dos 90, sendo um dos últimos países a aderir ao atual tratamento contra a hanseníase. “Atrasamos, já poderíamos estar mais avançados”, diz ele.

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